segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Logaritimo

Os logaritmos possuem inúmeras aplicações no cotidiano, a Física e a Química utilizam as funções logarítmicas nos fenômenos em que os números adquirem valores muito grandes, tornando-os menores, facilitando os cálculos e a construção de gráficos. O manuseio dos logaritmos requer algumas propriedades que são fundamentais para o seu desenvolvimento. Veja:

Propriedade do produto do logaritmo


Se encontrarmos um logaritmo do tipo: log
a(x * y) devemos resolvê-lo, somando o logaritmo de x na base a e o logaritmo de y na base a.

log
a (x * y) = loga x + loga y

Exemplo:

log2(32 * 16) = log232 + log216 = 5 + 4 = 9


Propriedades do quociente do logaritmo
Caso o logaritmo seja do tipo logax/y, devemos resolvê-lo subtraindo o logaritmo do numerador na base a pelo logaritmo do denominador também na base a.

log
ax/y = logax – logay

Exemplo:

log5(625/125) = log5625 – log5125 = 4 – 3 = 1

Propriedade da potência do logaritmo

Quando um logaritmo estiver elevado a um expoente, na próxima passagem esse expoente irá multiplicar o resultado desse logaritmo, veja como:

log
axm = m*logax

Exemplo:

log3812 = 2*log381 = 2 * 4 = 8
 
Propriedade da raiz de um logaritmo
Essa propriedade é baseada em outra, que é estudada na propriedade da radiciação, ela diz o seguinte:



Essa propriedade é aplicada no logaritmo quando:

Exemplo:

Propriedade da mudança de base

Existem situações nas quais precisaremos utilizar a tábua de logaritmos ou uma calculadora científica na determinação do logaritmo de um número. Mas para isso devemos trabalhar o problema no intuito de estabelecer o logaritmo na base 10, pois as tábuas e as calculadoras operam nessas condições, para isso utilizamos a propriedade da mudança de base, que consiste na seguinte definição:

Exemplo

O uso do logaritimo no cotidiano

A escala Richter foi desenvolvida por Charles Richter e Beno Gutenberg, no intuito de medir a magnitude de um terremoto provocado pelo movimento das placas tectônicas.
As ondas produzidas pela liberação de energia do movimento das placas podem causar desastres de grandes proporções.
Os estudos de Charles e Beno resultaram em uma escala logarítmica denominada Richter, que possui pontuação de 0 a 9 graus.
A magnitude (graus) é o logaritmo da medida das amplitudes (medida por aparelhos denominados sismógrafos) das ondas produzidas pela liberação de energia do terremoto. A fórmula utilizada é a seguinte:
M = log A – log A0, onde M: magnitude, A: amplitude máxima, A0: amplitude de referência.

Podemos utilizar a fórmula para comparar as magnitudes de dois terremotos. Iremos comparar um terremoto de 6 graus com outro de 8 graus de magnitude, todos na escala Richter.


M
1 – M2 = (log A1 – log A0) – (log A2 – log A0)
6 – 8 = log A1 – log A2

– 2 = log( A1 / A2)
10 –2 = A1 / A2

(1/10)2 = A1 / A2

(1/100) = A1 / A2

A2 = 100A1


Podemos notar que as ondas do terremoto A
2 possuem amplitudes 100 vezes mais intensas do que a do terremoto A1.

Para calcular a energia liberada por um terremoto, usamos a seguinte fórmula:


I = (2/3)log10(E/E0), onde I: varia de 0 a 9, E: energia liberada em kW/h
e E0: 7 x 10-3 kW/h.

Qual a energia liberada por um terremoto de intensidade 6 na escala Richter?

I = 6

6 = (2/3)log10(E / 7 x 10
-3)
9 = log10(E / 7 x 10-3)
109 = E / 7 x 10-3

E = 7 x 10-3 x 109

E = 7 x 106 kW / h

A energia liberada por um terremoto de 6 graus na escala Richter é de 7 x 10
6 kW/h.

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